[Leitura da Semana] A Rainha Vermelha - Philippa Gregory

08:00

Seguindo a saga 'Guerra dos Primos', a leitura da vez ficou com a antagonista da trama de semana passada (resenha aqui): a história de vida de Margaret Beaufort, mãe do rei Henrique VII, mais conhecida como A Rainha Vermelha.


E, depois de ler, não conseguiria imaginar atuação MELHOR do que a da 

A Inglaterra enfrenta tempos conturbados. A Guerra dos Cem Anos se aproxima do fim, e o exército inglês retira-se, derrotado, dos territórios franceses. Neste momento decisivo em que o país precisa de um soberano forte, o rei, Henrique VI de Lancaster, mostra-se completamente manipulado pela esposa, Margarida de Anjou. Estrangeira, odiada pelo povo, mãe de um príncipe ainda bebê, ela presencia, aflita, os primeiros sinais de loucura do marido. A maioria dos nobres prefere que Ricardo, duque de York, assuma o trono. O cenário, dessa forma, torna-se propício à guerra civil.
Herdeira da Casa de Lancaster, cujo símbolo é uma rosa vermelha, Margaret Beaufort. Aos 13 anos ela se vê forçada a um casamento sem amor com o nobre Edmund Tudor, que tem o dobro de sua idade, e se muda para o remoto País de Gales. Ela acredita que um grande destino a aguarda. Prima do rei, extremamente religiosa, ela crê que sua família foi escolhida por Deus para governar a Inglaterra, e nem a doença do monarca é capaz de pôr em risco suas convicções. Um ano depois, viúva, mãe do menino Henrique, ela decide dedicar sua vida solitária a pôr o filho no trono da Inglaterra, sem se importar com as consequências.
Quando os York se consolidam no poder, Margaret envia o filho para o exílio com o tio, Jasper Tudor, a fim de mantê-lo em segurança. Viúva novamente após o segundo casamento, ela une ao implacável lorde Stanley e estabelece alianças perigosas, além de prometer Henrique em casamento à filha de sua maior inimiga, a rainha Elizabeth Woodville. Com o apoio do terceiro marido, Margaret lidera uma das maiores rebeliões de seu tempo. Enquanto isso, seu filho cresce, torna-se homem, recruta o próprio exército e aguarda a primeira oportunidade para conquistar o trono que considera seu por direito.
Um romance repleto de conspirações, paixões e traição, A Rainha Vermelha traz de volta à vida a matriarca dos Tudor, uma mulher orgulhosa e determinada que acredita que, sozinha, pode mudar o curso da história.

 É preciso deixar claro, de uma vez, que eu tive que dar a mão à palmatória. Porque, tendo a Margaret/Margarida da série The White Queen em mente, eu julguei que esse volume da saga seria (com o perdão da expressão) um saco ENORME.

Isso porque a personagem aparece sempre rezando, ou amarga. Conspirando.

Foi só depois de ler 'A Rainha Vermelha' que eu finalmente compreendi a profundidade dessa figura histórica, dessa mulher incrivelmente forte e determinada que foi Margaret da casa de Lancaster.

Casada aos 12 anos de idade, ela quase morreu no parto de seu único filho: Henrique Tudor. Agora IMAGINA uma CRIANÇA parindo! Sendo estuprada constantemente (porque não tem outro nome pra isso) até gerar um herdeiro! Horror absoluto!

Isso sem contar que:

1. Margarida queria seguir sua vocação religiosa (ela era EX-TRE-MA-MEN-TE carola. E nisso a série a retratou quase à perfeição!) e;
2. Seu primeiro marido, Edmund Tudor, morre pouco depois do parto. Deixando-a à mercê de um segundo casamento e forçando-a a deixar seu Henrique aos cuidados do tio e tutor, Jasper Tudor.

O futuro rei Henrique VII, seu tio Jasper e sua mãe, nossa protagonista beata xP


Ok, ok. Margaret é bem bitolada. Acredita ser uma pessoa extremamente íntima de Deus e conhecedora de suas vontades. Das duas uma: Ou ela está rezando para que a Casa de Lancaster retome o trono, ou está conspirando pra isso.



Mas foi em grande parte graças a ELA que a Guerra Civil teve seu fim e uma longa dinastia começou.

Para quem não conhece muito bem a História da Inglaterra medieval, especialmente a Guerra das Rosas, eu sugiro uma leitura rapidinha aqui, antes de qualquer coisa.

A árvore genealógica das Casas de Lancaster e York é bem complicadinha mesmo, mas é fundamental que você entenda mais ou menos para captar O QUE essa protagonista orquestrou e o quanto a sua ação incansável foi importante para os reinados seguintes.

O casamento de Henry Tudor (VII) e Isabel of York (a filha do Rei Eduardo V e Isabel Woodvile - a Rainha Branca) deu origem à Dinastia Tudor. Que uniu as duas Rosas e deu fim à Guerra Civil.


Totalmente in love com mais essa obra prima de Philippa Gregory, que coloca às mulheres da História à frente de seus destinos! <3

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